“A vez dos trans no mundo corporativo” é a matéria de capa da edição da revista Você S/A de dezembro. A reportagem de Luciana Lima e fotos de Germano Lüders mostra que aumentou o número de empresas interessadas em capacitar, contratar e incluir esse público. Porém, apesar das histórias de sucesso, ainda temos um caminho longo a percorrer, aprendendo juntos e abrindo cada vez mais espaço para a diversidade nas companhias.
A matéria cita o Fórum de Empresas e Direitos LGBT+ e mostra vários bons exemplos de algumas companhias que são signatárias. Apesar de dizerem que 59 empresas fazem parte do Fórum, o número atual é de 46 signatárias.
Um dos entrevistados, Gustavo Prates, de 26 anos, é gerente da IBM* e quando ele já estava na empresa havia quase dois anos, entendeu-se transexual. O processo de redescoberta teve todo o apoio da empresa, como ele mesmo reforça na matéria: “a líder (de diversidade) me falou de todas as possibilidades que poderiam acontecer, boas e más, mas me assegurou que, dentro da IBM, nenhum tipo de preconceito seria tolerado. Com isso, me senti mais à vontade para conversar com meu chefe direto”.
Uma situação parecida aconteceu na GE. Maria Fernanda Hashimoto, engenheira biomédica, estava disposta a abrir mão da sua carreira e diploma para se assumir como mulher trans. Porém, como ela conta para a repórter, a multinacional não só a acolheu como também colocou várias equipes à sua disposição para ajudar no processo de redesignação de gênero. “A empresa viu que eu era um talento em potencial e que seria um desperdício se eu saísse por causa disso”, completa.
O Carrefour também é uma das empresas citadas na matéria da Você S/A. Nela, a jornalista mostra os investimentos que a companhia tem feito, nos últimos anos, em ações para reafirmar a pluralidade como um valor dentro do grupo. Gabriela Valera, de 24 anos, também personagem da reportagem, é a primeira funcionária trans da área corporativa do Carrefour. “Desde o começo, meu gestor deixou bem claro que eu estava sendo contratada pela minha capacidade técnica e que meu gênero em nada mudaria como eu seria tratada lá”, diz ela na matéria.
Na Atento, multinacional com 70 mil colaboradores, há 1.110 profissionais trans utilizando nome social nos crachás, nos e-mails e até no plano de saúde. Majô Martinez, vice-presidente de RH da empresa, diz na reportagem que investir em capacitação e na contratação dessas pessoas melhora o clima organizacional e “percebemos uma queda significativa de rotatividade, de 12% para 5%, e as avaliações de desempenho dos trans são melhores do que outros funcionários. A explicação é que essas pessoas se cobram mais, já que precisaram se provar a vida toda”, conclui na matéria.
A Você S/A já está disponíveis nas bancas. Para mais detalhes, acesse a página da revista no Facebook.
*IBM, Carrefour e Atento são empresas patrocinadoras e signatárias do Fórum de Empresas e Direitos LGBT+. GE também participa do Fórum, como signatária.
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